Leader Golf Cup – Aberto do Clube de Campo: Gui conquista tricampeonato, de ponta a ponta
Gui Grinberg, do Lago Azul, e Dani Arantes, do São Fernando, venceram de forma memorável a Leader Golf Cup, equivalente à 1ª etapa do 55º Aberto Masculino e 28º Aberto Feminino do Clube de Campo de São Paulo, encerrada neste domingo, 11 de maio, Dia das Mães, na zona sul de São Paulo. O torneio, que valeu para o Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR) e para o Ranking Nacional, reuniu o recorde de 92 jogadores de alto rendimento, sendo 68 homens com handicap index até 8,5 e 24 mulheres com index até 16.
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Para Gui, que joga na NCAA, nos EUA, foi a consagração do grande momento de seu golfe, com uma vitória de ponta a ponta, com 12 abaixo do par e 13 de vantagem sobre os adversários, para vencer pela terceira vez consecutiva e pela quarta nas cinco últimas vezes que participou deste evento. Para Dani, a vitória foi ainda maior, por 17 tacadas de vantagem, sua primeira em um campeonato desta relevância e com o bônus de ter entrado para o WAGR aos 42 anos, feito que ela nunca havia sequer imaginado.
Show – Gui mais uma vez deu um show no Clube de Campo, repetindo o que fizera em sua vitória de 2024, quando ganhou com 16 abaixo e por 15 de vantagem, depois de jogar 14 abaixo no final de semana (64-64). Desta vez, Gui jogou 12 abaixo nos dois primeiros dias e o par do campo num domingo frio e com garoa, com o campo pesado depois da chuva do dia anterior e da madrugada. Depois de embocar 14 birdies, sete por dia, nas duas primeiras rodadas, foram apenas mais dois no domingo, dia em que copiou o cartão na primeira metade do campo.
Com Gui disparado na frente, as emoções se concentraram na disputa pelo vice-campeonato. Quem levou a melhor foi Igor Cruz, do Damha, que não estreou bem, vítima de um triplo bogey-8 no 13, mas jogou dois abaixo no final de semana, o segundo melhor parcial do torneio nos 36 buracos finais, para somar 214 (74-69-71), uma acima, e terminar com folga em segundo lugar. Ele fez 11 birdies na semana, perdendo apenas para os 16 de Gui.
Mais destaques – Fernando Silva, da Associação Esportiva São José, que começou a volta final na vice-liderança, fez sua pior volta da semana para terminar em terceiro, com 219 (72-70-77), seis acima. O juvenil Guilherme Yoshikawa, de Bastos, também só fez uma volta ruim na semana para ficar em quarto, com 222 (71-79-72), seguido por Matheus de Paula Oliveira, do Damha, com 223 (78-71-74), e por Fernando Vieira dos Santos, da AE São José, com 224 (77-74-73).
Pedro Miyata, do São Fernando, campeão do torneio em 2021, aos 15 anos, terminou em sétimo, com 226 (73-76-77), seguido por Luiz A. P. Almeida, do São Paulo Golf Club, com 227 (79-75-73) e por Jocimario Souza, do Santa Mônica (PR), com 228 (75-75-78). Completaram os Top 10 dois jogadores da casa, com 229: Felipe Cobra (80-74-75) e Roberto Gomez (78-74-77), o maior campeão do Aberto do Clube de Campo, com 12 títulos, e que está perto de completar 50 participações no maior torneio de seu clube. Mais um recorde do maior colecionador de títulos do golfe brasileiro.
Na classificação por handicaps index até 8,5, Edson Silva, do Guarapiranga, levou o troféu de campeão com 222 (72-74-76), mesmo total de Fernando Silva (73-71-78), vice-campeão nos critérios de desempate. Felipe Cobra completou o pódio com 223 (78-72-73). Destaque ainda para revelações do Corujinha que empataram a seguir, com 224: Samuel Caetano (76-72-76) e Mateus Frezza (78-72-74), ao lado de Fernando Vieira dos Santos (77-74-73). Pedro da Costa Lima, o Pepê, idealizador do Corujinha, foi ao clube incentivar seus atletas.
Feminino – Antes de ir dormir no sábado, líder por três tacadas, Daniela Arantes leu a reportagem do site GolfeNews informando que ela poderia entrar para o Ranking Mundial Amador de Golfe caso fosse campeã jogando até 84 na volta final, depois de marcar 76 e 77 nos dois primeiros dias. Algo que nunca esteve em seu radar, uma vez que Dani nunca se preocupou com o WAGR. Afinal, ela compete quase exclusivamente em torneios internos de seu clube e dedica seu tempo como uma das referências em preparação física para golfe, ao lado da irmã gêmea Gabi, na academia Tiro Certo.
Isso não quer dizer que Dani não seja competitiva – “não gosto de perder nem par ou ímpar”, brinca – e ela provou isso ao se valer também de sua preparação física privilegiada para fazer a melhor volta de todo o torneio no domingo, vencer com 226 (76-77-73) tacadas, 17 à frente das adversárias. Dani, que só havia feito um birdie em 36 buracos, embocou três no domingo, quando jogou duas acima de ida com seu único duplo bogey da semana, mas fez o par nos nove buracos finais.
“Jogar duas acima foi o melhor resultado de minha vida”, conta Dani, que soube conter a ansiedade nos buracos finais antes de ganhar, na saída do green, o abraço apertado do filho Gabriel e do marido, Luiz Felipe, no que foi um dos melhores Dias das Mães que ela já viveu. Além de entrar para o WAGR, Dani deve subir para as Top 15 do Ranking Nacional Feminino, onde só havia participado de um torneio este ano, com um Top 10 no Bandeirantes.
Virada – A vice-campeã foi Sofia Menga, do São Fernando, que comemorou 16 anos no sábado e virou o jogo no domingo para terminar com 243 (76-77-73) tacadas, em seu melhor resultado em torneios do Ranking Nacional, superando o terceiro lugar que teve neste mesmo torneio, em 2024. Vivian Golombek, do Clube de Campo, líder do primeiro dia e segunda colocada no início da volta final, caiu para terceiro, com 247 (76-80-91).
“Não tenho mais preparação física para jogar bem três dias seguidos”, conta Vivi, de 62 anos, que curtiu cada momento em campo. “Liderar o torneio e sair no pelotão dois dias seguidos, jogando ao lado de meninas com um golfe incrível, fez cada momento ser especial”, diz Vivi, que ainda foi vice-campeã por handicap. “Só joguei esse torneio por insistência de muita gente e valeu muito a pena.”
Nenhuma outra jogadora quebrou as 80 tacadas na semana. Vivi dividiu o terceiro lugar com Alexa Alonso, do São Fernando, de 13 anos, que também somou 247 (80-81-86). Beatriz Menga, do São Fernando, gêmea de Sofia, número 5 do Brasil, que defendia o título, terminou em quinto, com 250 (82-86-82). O título por handicaps index até 16 ficou para Joelma Rodrigues, do Clube de Campo, com 207 (66-69-72), seguida por Vivi, com 217 (66-70-81), e por Leticia Mont Serrat Colombo, do Paulistano, com 220 (72-78-70).
Premiação – Os dois primeiros colocados scratches, masculino e feminino, ganharam relógios Luminox, renomada marca suíça, que eles mesmos escolheram entre os expostos pelo patrocinador. Ariel Fertonani, idealizador do evento Leader Golf Cup, que deverá se expandir para outros clubes do Brasil, a começar pelo Campo Olímpico, em 2026, apresentou a entrega de prêmios, que contou com a participação das crianças da escolinha do clube, que reúne dezenas de pequenos e talentosos golfistas.
A mesa de premiação foi composta por Roberto Lima, presidente do Clube de Campo; Victor Maia, Diretor de Golfe; pelos capitães Luca Barbosa e Betina Walker; e por Rogerio Cardoso, representando a Federação Paulista de Golfe.
Patrocínio – A Leader Golf Cup teve patrocínios da Villa Ferg, Petara, Pipe Content, O3NT, Luminox, Pernod Ricard, Le Creuset, Estrella Galicia, Lindoya, Puel Chocolat, Vero Latte, MFN, Sochic, Power Brasil, Figueroa Arquitetura, Pole e Zuuk, Razec, Uset e 3M Produções. Os apoios foram da Academia Tiro Certo, Osten BMW, Rhino, Grand Hyatt São Paulo, Team Eventos e VoxMe. A organização foi do Clube de Campo de São Paulo e da Federação Paulista de Golfe, com supervisão da Confederação Brasileira de Golfe e do Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR).
Fonte: O Portal Brasileiro do Golfe