Matt Jones ganha o Honda Classic e completa semana sem vitórias de americanos no OWGR

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A vitória do veterano australiano Matt Jones no Honda Classic foi o auge de uma rara semana que terminou sem que nenhum jogador dos Estados Unidos levantasse a taça em cinco torneios válidos para o ranking mundial de golfe (OWGR). A Jones se juntaram o mexicano Roberto Diaz, campeão do Louisiana Open, no KFT, os sul-africanos Justin Harding, que venceu o Kenya Open, do Tour Europeu, e Jbe’ Kruger, ganhador do Gauteng Championship, do Sunshine Tour; e o indiano Udayan Mane, campeão no PGA Indiano. Estiveram em campo 708 jogadores. A média de idade dos ganhadores foi de 35 anos.

Jones, que completa 41 anos em 19 de abril, só tinha outa vitória no PGA Tour, em 2014, quando embocou um chip no primeiro buraco do playoff para derrotar Matt Kuchar, no Houston Open. Desta vez, Jones acertou 17 greens na volta final para jogar 68 (-2) num dia em que ninguém nos sete últimos grupos quebrou o par do campo. Jones venceu por cinco tacadas de vantagem igualando a maior margem de um campeão do Honda Classic estabelecida por Jack Nicklaus, em 1977, e igualada por Camilo Villegas, em 2010.

Uma conquista ainda maior se levarmos em conta que Jones é um dos jogadores mais rápidos do circuito mundial – chega, escolhe o taco e bate sempre em menos de 30 segundos – e teve que jogar ao lado de JB Holmes, aclamado pelos comentaristas, da TV, toda vez que aparecia em cena, como um dos mais lentos do mundo, nunca pronto para jogar. Mesmo com saídas em dois, a rodada final levou quatro horas e vinte minutos. Holmes jogou 79 e caiu do segundo para o 46º lugar. Poucos lamentaram.

Europa – No Tour Europeu, a despeito da grande semana do americano Kurt Kitayama, que chegou a ficar apenas uma atrás do líder após seu segundo eagle do dia, o título do Kenya Open foi para o sul-africano Justin Harding, que começou o dia vencendo por duas, jogou 66, sem bogeys, sem nunca ser igualado no placar, e venceu por duas, com 21 abaixo. Com esse segundo título no Tour Europeu e sexto ao redor do mundo em três anos, Harding volta aos Top 100 do mundo, tentando reencontrar a melhor fase de sua carreira.

Em 2019, Harding, hoje com 35 anos, venceu pela primeira vez no Tour Europeu, no Qatar, no que foi seu quinto título internacional em dez meses. Com isso entrou para os Top 50 do mundo pela primeira vez e ganhou vaga no Masters daquele ano, onde terminou em 12º lugar, seu melhor em majors. Jogou todos os majors de 2019 e só não passou o corte no US Open, onde voltou em 2020 para novamente ficar fora das rodadas finais.

África e Índia – O também sul-africano Jbe’ Kruger, de 34 anos, venceu pela segunda vez no Sunshine Tour com números iguais aos de Harding: jogou 66 na volta final, sem bogeys, para somar 21 abaixo e vencer por duas. Esse foi o sexto título internacional de Kruger, conquistados em cinco diferentes circuitos. O brasileiro Adilson da Silva terminou em sexto, seis tacadas atrás.

Completa a lista de campeões em torneios do OWGR na semana o indiano Udayan Mane, de 30 anos, que venceu pela 11ª vez no circuito profissional de seu país, o PGTI, ao somar 274 tacadas, 14 abaixo. Foi seu terceiro título na temporada 2020/2021, o suficiente para levá-lo para o 275º lugar do OWGR, o que o deixa hoje entre os Top 60 do ranking olímpico, com direito a jogar em Tóquio.

Tóquio 2021 – A Federação Internacional de Golfe ainda não atualizou o ranking olímpico, mas pelo ranking projetado, levando em conta os pontos que estarão válidos no final da corrida olímpica, em 21 de junho, Mane passa a ser o 60º colocado. Adilson, que saltou para o 324º lugar do OWGR, em um ganho de 48 posições, aparece nesta lista como o quinto reserva (65º). Deve estar melhor no ranking da IGF, uma vez que nesse ranking projetado tem um ponto a menos no OWGR, que caducarão até junho.

Fonte: O Portal Brasileiro do Golf