Los Andes 2019: Brasil busca bicampeonato no masculino e a redenção no feminino

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Após dois dias de treino, o Brasil entra em campo nesta quarta-feira, no Yatch y Golf Club Paraguaio, em Lambaré, no Paraguai, para a disputa da Copa Los Andes 2019 –Campeonato Sul-Americano de Golfe por Equipes, vivendo dois momentos distintos em sua delegação. No masculino, o Brasil defende um título histórico, que conquistou em 2018, no Uruguai, vindo do rebaixamento, enquanto o time feminino volta a competir, depois de ficar em último lugar em 2017 e de não jogar em 2018. Ou seja, esta será a primeira vez desde 2016 que o Brasil compete tanto no masculino como no feminino.

O time masculino do Brasil mantém quatro dos campeões de 2018 – Daniel Kenji Ishii, do Itanhangá, Andrey Xavier Borges; do Belém Novo; Lucas Park, do Paradise; e Fred Biondi, dos Gators da Universidade da Flórida. Thomas Choi, do São Paulo, número 1 do ranking nacional completa o time substituindo Herik Machado, que virou profissional. Gui Grinberg, do São Paulo, teria vaga na equipe, mas não pode ser convocado.

Capitães – Mais uma vez o Brasil irá jogar sem um capitão exclusivo no masculino, cargo que será acumulado pelo carioca Daniel Kenji Ishii, o mais experiente do time, mas que também é jogador e não poderá exercer a principal função de um capitão depois de comandar o sorteio dos jogos do dia, pois estará em campo na maior parte do tempo. Na Los Andes, o capitão é o único que pode andar junto com a dupla ou jogador de seu time, dar informações dos outros jogos, pode dar palpites, acalmar, incentivar, consolar etc., exceto quando a bola chega ao green.

No feminino, o Brasil joga com Lauren Grinberg, da Barry University; Nina Rissi, da Michigan State University; e Maria Fernanda Lacaz, do São Fernando, que estavam na equipe de 2017, além das estreantes Beatriz Junqueira, do Itanhangá, e Meilin Hoshino, do São Paulo. A equipe feminina terá Gabriela Arantes, da Tiro Certo, preparadora física do Brasil, como capitã. O profissional Erik Andersson, técnico das equipes nacionais, estará no comando dos times.

Campo – O campo do Yatch y Golf Paraguaio não é um campo longo, com seu par 73 e 6.615 jardas para os homens e 5.616 para as mulheres. Construído como campo de resort, ao lado do Rio Paraguai, que separa o país da Argentina. A previsão do tempo é de chuva na manhã de quarta e tarde de sábado, com tempo bom para os demais períodos. O calor, porém, deverá ser um fator, pois são esperadas temperaturas acima dos 36º C nos dois últimos dias. O vento não deve atrapalhar. O Paraguai usou o Yatch y Golf Paraguaio também nas três vezes anteriores em que recebeu a Los Andes: 1999, 2009 e 2019.

Com o calor e 36 jogos por dia (são dois confrontos de duplas, pela manhã e quatro jogos individuais à tarde) poder contar com todos os cinco jogadores dos times é fundamental, revezando quem será poupado a cada período. O entrosamento e amizade do grupo, não só para os jogos de duplas, mas para o convívio de seis dias (dois de treino e quatro de jogo) é outro fator decisivo.

Favoritos – Em 73 anos de história da Los Andes, o Brasil já foi campeão nove vezes, duas vezes nessa década, com os título de 2011, no Gávea Golf, no Rio de Janeiro, e no Club de Golf del Uruguay, em Montevidéu, em 2018, o primeiro título que o Brasil ganhou fora de casa desde 1995, em Quito, no Equador, último ano em que jogaram todos os dez países que compõe a Federação Sul-Americana de Golfe. Desde então adotou-se o sistema de rebaixamento do último colocado, o que deixa só nove equipes em campo e permite que o torneio seja jogado em quatro dias, com saídas três a três (o país A enfrenta B e C, que também jogam entre si), não em seis dias como anteriormente.

Argentina e Colômbia, que empataram em terceiro lugar no ano passado, são outros candidatos ao título, tendo mantido a base dos times e feito algumas modificações para tentar voltar a ser protagonistas na Los Andes. A eles se somam o Chile, que chega com forte equipe, com a Venezuela, que aposta em uma nova geração, e o Peru, que apesar de se apresentar bem em 2018, mudou todo o time.

Feminino – No feminino, o time da casa entra como favorito para defender o título e continuar seu domínio na Los Andes onde venceu três da cinco últimas edições (Quito 2015, Lima 2016 e Montevidéu 2018). Sofía García, María Fernanda Escauriza, Giovanna Fernández e Anahí Servín formam a base da equipe paraguaia, jogando juntas pelo terceiro ano consecutivo, ao lado da estreante Montserrat Morales. A Argentina aposta no talento de Ela Anacona e Macarena Aguilera, campeãs em Santa Cruz de la Sierra, em 2017, para voltar a vencer. Peru, terceiro colocado em 2018, e Colômbia são as outras forças do feminino.

Fonte: O Portal Brasileiro do Golfe