Jogos Mundiais Militares 2019: time feminino do Brasil conquista ouro individual e por equipes

icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin

Líder desde o primeiro dia, a paranaense Mirian Nagl, que mora na Alemanha e já representou o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, foi a campeã individual de ponta a ponta e fundamental para que o Brasil ganhasse também o ouro por equipes na competição feminina de golfe dos Jogos Mundiais Militares – Wuhan 2019, encerrada nesta terça-feira, 22 de outubro, na China. A carioca Clara Teixeira e Laura Caetano, de Brasília, completaram o time capitaneando pelo coronel aviador Mário Moreira.

Mirian fez seis birdies e dois bogeys na rodada final para ser a recordista do torneio e vencer com 288 (71-75-74-68) tacadas, o par do campo. A prata ficou para a francesa Josephine Farrando, com 301 (77-73-76-75) tacadas, apenas uma à frente da americana Linda Jeferry, bronze com 302 (73-73-81-75). Clara ficou em sexto, com 310 (73-81-83-73), uma posição à frente de Laura, que empatou em sétimo com 325 (80-83-80-82).

Medalhas – O Brasil ganhou também o ouro por equipes no feminino ao totalizar 595 tacadas na soma dos dois melhores resultados de cada uma das quatro rodadas. Mirian pontuou para o time nos quatro dias, Clara em três e Laura apenas na terceira rodada. Os EUA foram os vice-campeões com 605 tacadas, jogando com Linda Jeferry, Melanie DeLeon e Laurel Gill. A França, que perdeu a medalha de prata por apenas uma tacada, somou 606 jogando com Josephine Farrando, Anyssia Herbaut e Marine Riguidel.

O Brasil foi o campeão do quadro de medalhas do golfe com dois ouros, seguido pelos EUA e França com uma prata e um bronze cada. Nenhuma das três brasileiras mora no país. Mirian só nasceu aqui e fez carreira nos EUA e na Alemanha, tendo parado de competir profissionalmente no final de 2016, quando deixou o Tour Europeu Feminino. Clara, que foi uma das melhores amadoras do Brasil trabalha na Academia de Golfe de Lisboa, em Portugal. Laura é a única que continua a competir, defendendo a Pardue Fort Wayne no golfe universitário americano.

Projeto golfe – As três brasileiras foram incorporadas à Marinha, em abril como Terceiros-Sargentos da Marinha do Brasil, que passou a concentrar o golfe das Forças Armadas, antes quase todo na Aeronáutica. No masculino, o time militar do Brasil tem Rafa Becker, Gustavo Teodoro, Rodrigo Lee, Daniel Kenji Ishii, Philippe Gasnier e André Tourinho, também Terceiros-Sargentos da Marinha. A competição masculina de Wuhan 2019 termina nesta quarta-feira. O Brasil lidera por equipes e no individual, com Rodrigo Lee.

O apoio e incentivo ao golfe e aos demais esportes olímpicos com atletas de alto rendimento integra o projeto do Ministério da Defesa com vistas ao Ciclo Olímpico, que além, dos Jogos Mundiais Militares, terá os Jogos de Tóquio 2020. Esse projeto existe no golfe desde 2015, como apoio aos atletas que poderiam jogar no Rio 2016. Cada atleta recebe um soldo mensal que ajuda com suas despesas esportivas.

Porte Olímpico – Os Jogos Mundiais Militares reúnem nesta sua sétima edição mais de 10 mil atletas de 140 países, que competem em 27 esportes, sendo 25 oficiais e dois de demonstração. Seis esportes são estreantes: badminton, tênis, tênis de mesa, box feminino e ginástica masculina. Pela primeira vez na história da competição foi construída uma Vila Olímpica para receber os atletas. A China compete com 553 atletas, a maior delegação já vista nos Jogos Mundiais Militares. Participam ainda 230 mil voluntários.

Fonte: Confederação Brasileira de Golfe