Um ano especial


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A primeira coluna de golfe deste ano conta a sua própria trajetória pelo fato que em 2008 celebrará a sua edição de número 700 com um torneio especial.

Esta coluna foi iniciada na Gazeta Mercantil, o principal jornal de economia do país quando o golfe brasileiro contava com 5.000 praticantes, contava com 58 campos, em vez dos 25 mil e 115 campos do presente. Há 14 anos, não havia nenhum grande projeto de construção de condomínios ou resorts com campo de golfe nada comparável aos 40 projetos em curso.

O golfe não estava na moda, não era argumento de vendas imobiliárias ou constava como exigência para currículos de executivos financeiros. A mídia tradicional ignorava o esporte. A revista Golf Digest era a única especializada e publicada em inglês.

A circulação nacional da Gazeta Mercantil possibilitou que informações sobre torneios, iniciativas e jogadores chegasse aos praticantes de todo o país, quando eram embrionários os primeiros sites na internet e nenhuma das federações estaduais de golfe contava com seu próprio site. Quando surgiram os sites das federações a coluna passou a ser reproduzida neles para fortalecer o conteúdo, sem custo algum para as instituições.

A coluna com o respaldo institucional do jornal econômico apoiou a realização da etapa do tour europeu em São Paulo, o circuito profissional Diners, o primeiro torneio de golfe noturno realizado em Brasília, em 1998.

Em 2000, a V Copa Rey de Espana - 80 Anos da Gazeta Mercantil, inaugurou o primeiro campo de golfe do resort, na ilha de Comandatuba. O próprio rei Juan Carlos foi fotografado com o boné do torneio pelo então embaixador e amigo pessoal deste colunista César Alba. A foto foi publicada num anuncio de página inteira no jornal onde se convocava as empresas a apoiar o evento. Em total 42 empresas responderam positivamente.

A coluna apoiou o projeto do campo e centro de treinamento da FPG vizinho ao aeroporto de Congonhas, quando encontrava restrições em setores da Câmara Legislativa de São Paulo, e o primeiro campo público do estado de Rio de Janeiro quando era discutida a legalização da área em Japeri. A coluna também registrou desde os seus primórdios o desenvolvimento do campo do Belém Novo, em Porto Alegre, um case econômico.

A coluna incentivou campanhas por imprescindíveis novos sócios em clubes que hoje ironicamente estão quase fechados aos golfistas externos. Abriu novos horizontes para investidores e turistas e possibilitou o surgimento do primeiro grande pool de profissionais especializados reunidos no site www.golfenegocios.com.br.

Como num percurso de jogo de golfe, a coluna enfrentou alguns obstáculos e dificuldades ao defender a ética do esporte, inegociável quanto à credibilidade jornalística. Também chegaram prêmios que atribuímos exclusivamente a generosidade de alguns dirigentes de clubes e federações.

Será realizado ao final do primeiro semestre, um torneio comemorativo as 700 colunas publicadas, como agradecimento aos seus leitores. A idéia foi lançada quando não temos nem campo ou patrocínios. Ainda assim será menos complicado que lançar uma coluna de golfe no principal jornal econômico nacional, quando a maioria das pessoas olhava taqueiras e perguntava: ...para que servem...?

* Palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe e de Tacadas de Vida. Colunista da Gazeta Mercantil e da revista Golf Digest. piernes@yahoo.com