Zika e outras cositas mais
A realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, onde a modalidade golfe volta a participar, ganha todas as manchetes e espaços noticiosos nos jornais, revistas, rádios, TV e internet no mundo.
De forma lamentável porém lógica, boa parte do espaço é dedicado à tragédia sanitária do Zika e do Dengue, com espaço considerável também dedicado ao fracasso na despoluição das águas da Bahia de Guanabara.
Tudo era previsível e tratável do momento do anúncio da sede dos Jogos 2016 até a sua realização. Foram anos perdidos para despoluir a baía das competições de vela e combater eficientemente o mosquito. Pouco foi feito como provam as alarmantes estatísticas e imagens atuais.
Após mais de uma década de reinado do mosquito especialmente no Rio de Janeiro e somente a cinco meses dos jogos foi lançado o operativo mais espetacular contra ele, a mobilização das forças armadas.
No golfe mundial existe preocupação pelo mosquito porém menor que em outras modalidades. O campo olímpico está à beira mar sempre com brisa que complica o voo baixo dos mosquitos (máximo 1,20 metro) e os jogadores profissionais de golfe sempre usam calças compridas.
Os profissionais estão acostumados a usar repelentes além de protetor solar e as damas profissionais estão repensando o seu uniforme esportivo, substituindo saias ou bermudas por calças compridas.
Tomara que os Jogos deixem legados positivos acordes com o gigantesco investimento. Tomara que cada centavo desse megainvestimento tenha sido aplicado com lisura.
Que cada negociação realizada entre o Estado e setor privado - o campo olímpico foi resultado de uma delas com aumento de gabarito edilício na Barra da Tijuca em troca da construção do campo - tenha sido modelo de correção. Sempre é bom torcer pelo bem e sonhar alto.
* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe - O Poder do Jogo na Vida Corporativa. www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br