As duras lições
É revoltante saber das falcatruas dos máximos dirigentes do futebol. Que vergonha para os grandes patrocinadores. É triste ver que o futebol continua sendo utilizado no papel circense dentro das políticas de "pão e circo" e serve de campo para jogo de bandidos.
Resulta ridículo assistir a milionários astros de futebol em patéticos apelos de marketing ou de pretensa fé religiosa, quando existem locais apropriados para expressar sentimentos mais elevados.
É lamentável que a Copa Mundial de FIFA 2014 que custou tanto deixou somente a metade das obras planejadas. Bilhões em impostos foram liberados de pagamento para a FIFA. Os clubes estão falidos em grande número.
No esportivo, o técnico e os cartolas brasileiros foram ufanistas. Fizeram de conta que o grande resultado do evento-treino - Copa das Confederações - era já parte a própria Copa. Não era. A Copa real acabou com um 7 a 1 contra Alemanha no Mineirão. Houve endeusamento de jogadores apenas bons sem grande funcionamento coletivo. A arrogância dos dirigentes da FIFA e da CBF perante as críticas foi revoltante.
Um ano após a Copa do Mundo no Brasil a casa do futebol caiu. Foram lições duras.
O golfe tem a oportunidade de ser grande exemplo de esporte ao voltar aos Jogos Olímpicos no Rio. Que a integridade acompanhe cada passo porque a lupa da opinião pública estará ativa por ser um chamado esporte de elite. Que a renúncia fiscal e o apoio com recursos públicos tenha sempre a melhor utilização. Que o legado seja realmente importante.
Que a humildade e a integridade que o golfe impõe aos seus praticantes permeiem cada decisão.
* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe - O Poder do Jogo na Vida Corporativa. www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br