Sem surpresa e com tristeza


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Se o déficit da Petrobrás chegou a R$ 22 bilhões, difícil ficar surpresos que a gestão de um campo do golfe realizada por um fundo de pensão de uma empresa estatal signifique o fim desse cenário.

Não assombra nestes tempos de indignantes revelações sobre péssimas gestões. Entristece profundamente dar adeus a um dos mais belos campos do Brasil, o do Costa do Sauípe, uma obra prima de Brian Costello, no litoral baiano.

O campo dava prejuízo financeiro sim. Os campos de golfe dão prejuízo financeiro. São vitrines de empreendimentos. O lucro chega com a venda de casas, terrenos, destinos turísticos ao melhor preço impulsionados pela vitrine.

Lamento a transformação de gigantescas empresas em companhias doentes, projetos nobres em vulgares, orgulho em vergonha.

Estamos de luto. Desaparece um cenário mágico para jogar golfe. Um campo que durante 15 anos recebeu importantes torneios como o Aberto do Brasil, eventos como Brasil Golf Show, Nick Faldo Series e tantos outros.

Nesta hora desejo que a inteligência, sensibilidade, conhecimento continuem acompanhando as gestões no Wish Foz de Iguaçu (PR), Aquiraz Riviera (CE), Iberostar Salvador (BA), Amazonia Golf Resort Manaus (AM), Costão do Santinho Florianópolis (SC), Paradise Mogi das Cruzes (SP), Transamerica Ilha de Comandatuba (BA) e outros resorts e hotéis com campos de golfe.

Adeus ao magnífico campo. Os seus fairways ficarão invadidos por ervas, a areia das bancas será levada pelo vento, os greens desaparecerão da paisagem, mas a beleza e as emoções vividas no seu magnífico percurso nos acompanharão até o fim do nosso.

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe - O Poder do Jogo na Vida Corporativa. www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br