O real legado olímpico


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Quem escolheu o local para construir o campo para receber o golfe nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro? Legado para quem?

Desde que morreu a Marquesa de Jacarepaguá, há mais de dois séculos, essa área no Rio de Janeiro está em litígio, o assunto ambiental é delicado e o generoso aumento do gabarito predial como compensação pela construção é um tema que mobiliza os procuradores da justiça e os residentes da região.

Por que arriscar tanto em matéria de prestígio do esporte na sua volta aos Jogos depois de 112 anos?

O nome do golfe já foi levado as piores disputadas legais sobre propriedade da área, fraude cartorial no registro da terra, favorecimentos improcedentes, danos ambientais e tudo registrado meticulosamente pela imprensa geral afastada normalmente do esporte que amamos.

O golfe brasileiro era pequeno antes da iniciativa de construir o campo. Hoje o esporte que prima pela ética continua pequeno. Somente com uma recente e grande oposição traduzida em passeatas, artigos, causas na justiça.

O site Golfe para quem? preparado por um grupo que se opõe ao campo de golfe por razões ambientais, mudança de gabarito predial na área e suspeitas de enriquecimento ilícito na operação, tem quase 7.000 curtidas.

Essa área vizinha a uma área de proteção ambiental era a única opção? Não. Itanhangá estava disposto a uma grande reforma e Búzios na expectativa. Não houve conversa com esses clubes. Sim houve conversa inicial sobre o legado olímpico para o golfe brasileiro. O campo seria público por 25 anos. Conversa. O prazo foi diminuído para dez anos.

Quem escolheu o local? Qual é o legado real para o golfe brasileiro? Os golfistas somos todos ouvidos.

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe - O Poder do Jogo na Vida Corporativa. www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br