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O objetivo do handicap no golfe é possibilitar que jogadores de diferentes capacidades compitam numa base mais equitativa, dando tacadas de vantagem ao jogador com menor habilidade.

O handicap é um dos segredos do prazer do golfe ao reunir num mesmo torneio de amadores o jogador de nível profissional ao praticante de fim de semana, em todo o mundo.

Cada um dos 9.279 jogadores com handicap no Brasil paga R$ 700 por ano para ter handicap oficial. Do total arrecadado, as federações ficam com uma parte e a outra vai para a Confederação Brasileira de Golfe (CBG).

Na Argentina e no Uruguai se paga a metade. Nos Estados Unidos e na Grã Bretanha a mídia anual do custo de handicap para o jogador é de U$ 50.

O golfista brasileiro Altino Gomes escreveu: "Aqui no Canadá, pagamos $49 para adultos e $29 para juniors por ano. Temos carteirinha, recebemos revista pelo correio e aplicativo no celular para lançar os scores (BlueGolf). O pagamento é feito no site".

Edison Barreto desde Búzios escreveu que o custo do handicap no Brasil não se justifica e que isso vai contra a popularização do esporte. Aos 50 anos, Edison renunciou a ter handicap e assim não participa mais de torneios oficiais. Agora joga softball aos sábados.

Temos uns 3.000 jogadores sem qualquer problema para pagar alta taxa de handicap ou de inscrição em grandes torneios e muito mais. O resto acha justo o valor cobrado pelo retorno recebido? Quantos jogadores abandonaram ou estão abandonando o handicap oficial pelo seu custo/benefício em tempos difíceis para a maioria?

Não sou dono das respostas. Apenas tento apresentar temas pertinentes. Em tempo: também eu pago caro por isso.

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe - O Poder do Jogo na Vida Corporativa. www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br