Copa do Mundo no Reino do Golfe


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Se fosse o espírito do golfe que dominasse corações e mentes no Brasil da Copa do Mundo, imagino ver a Fred pedir ao juiz que marcou um penalti a favor do Brasil que anule esse falho. "Eu simulei a falta", diria Fred. A arquibancada aplaudiria o gesto.

Todas as torcidas beberiam juntas depois de cada jogo e ovacionariam as boas jogadas dos craques de qualquer seleção porque talento e esforço seriam as únicas ferramentas admitidas para chegar ao pódio.

Torcer contra seria um recurso rejeitado por ser deselegante e as vaias repudiadas. A tropa de choque da polícia tiraria folga nos dias de jogos por falta de serviço.

A FIFA faria um mea culpa por não ter colocado árbitros de TV para auxiliar os juízes de campo, como acontece no futebol americano desde 1970. "Era uma forma de abrir espaço e agradar países que interessam comercialmente", confessaria Joseph Blatter que devolveria ao erário público brasileiro o dinheiro dos impostos não cobrados a FIFA.

Ajoelhados no gramado do Maracanã, suspeitos de superfaturamento de obras anunciariam o estorno do dinheiro questionado até acabarem as investigações. O presidente estaria ausente na cerimônia para não influir o futuro voto da massa sem educação política num ano de eleições no Reino do Golfe.

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe – O Poder do Jogo na Vida Corporativa. www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br