Colunas

Confesso minha profunda admiração pela maioria de golfistas profissionais que poucas vezes aparece nas principais manchetes ou em destaque na classificação dos grandes torneios. Eles estão longe de ganhar U$ 1,7 milhões num único torneio como fez Tiger Woods no recente The Players.

Eles são heróis movidos à paixão pelo esporte. Dar aulas, cuidar de campos, organizar torneios internos do clube, pouco ou nenhum patrocínio, compõem o seu cotidiano. Assim realmente é um milagre tentar vencer um torneio de ponta, quando os competidores mais destacados treinam muito e jogam com regularidade, além de contar com apoio financeiro ou institucional.

Esses jogadores sabem que têm poucas possibilidades de galgar as primeiras colocações e assim obter prêmios para pagar pelo menos as despesas de transporte, hotel, alimentação, caddie ou recuperar a taxa de inscrição. Quase sempre pagam do próprio bolso para competir profissionalmente.

Esses profissionais merecem o maior respeito independentemente dos resultados. Com essa paixão vibra o espírito do golfe. Dias atrás em Brasília convivi bastante com essa maioria participante da abertura do CBG Pro Tour o maior circuito profissional do Brasil, abrilhantado pelas crianças do projeto Golfe para Vida. Como esses profissionais eu também paguei do próprio bolso todas as despesas de hotel, passagens, alimentação.

Significou uma péssima gestão de patrimônio financeiro. Não repetirei. Eu procuro fazer o melhor pelos leitores divulgando torneios, marcas, patrocinadores, instituições e boas iniciativas, dentro das possibilidades. Esses profissionais do golfe, esses homens apaixonados pelo esporte, esses heróis seguirão buscando as pequenas margens de possibilidades a favor. Que bom para o golfe!

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe – O Poder do Jogo na Vida Corporativa. www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br