Golfe como o esporte nacional faria a diferença


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Toneladas de papel e horas de televisão são desperdiçados com notícias de jogadores de futebol com ingressos fabulosos mostrando condutas que pouco contribuem para o desenvolvimento educativo de crianças e jovens que buscam se espelhar nesses ídolos esportivos.

Empresas públicas e grandes empresas privadas financiaram carreiras de atletas de outros esportes que depois foram pegos e condenados por utilizar doping para melhorar o desempenho, que significa um não intencional porém financiamento parcial do ilícito e imoral.

Horas da televisão são dedicadas à divulgação para milhões de práticas esportivas onde a mensagem é que vale tudo. O que importa é a vitória não importa como, assim como a integridade de outro ser humano. Vivemos num mundo capitalista sim porém com a perda do ético as pessoas de sucesso estão rodeadas por pessoas embrutecidas pela quebra de regras, princípios éticos, contato banal com a violência, falta de respeito pela vida.

O futebol contribuiu há um século a iniciar a desmontagem do preconceito racial. Hoje o golfe não somente seguiu o caminho como poderia iniciar a desmontagem da atual violência na sociedade.

Imaginemos essas toneladas de papel e horas de televisão, esses rios de recursos financeiros, essa veiculação gigantesca, para divulgar um esporte onde a vitória não pode ser conquistada a qualquer preço, onde a autopunição é obrigatória de ser constatado desvio das regras, onde são mandatórios o respeito aos outros jogadores e à natureza.

O golfe não é para todos porque é diferenciado. Porém o espírito de verdadeiro jogo limpo poderia chegar a mais corações e mentes. Busco, nas minhas palestras para empresas, transmitir quantos ensinamentos de foco, concentração, perseverança e ética, o golfe tem para executivos e empresários. Frequentemente empresas e agências preferem o culto ao treinamento de guerra. Verifico que o preconceito respeito ao golfe é menor porém ainda é forte.

Respeitosamente lembro a frase de Mohandas Ghandi: “A humanidade somente pode se libertar da violência pela não violência”. O golfe é uma lição de não violência. Se o golfe fosse o esporte nacional as coisas seriam diferentes.

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe – O Poder do Jogo na Vida Corporativa. www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br