Brasil rumo aos Jogos Olímpicos no mundo do golfe - I parte


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Artigo I - Por Guillermo Piernes *

A duplicação do numero de profissionais competitivos num ano e a criação de um grupo forte de jogadores de nível olímpico para os Jogos Olímpicos de 2016 é absolutamente viável com medidas praticas.

Algumas podem ser implementadas sem custos extras, prova o golfista profissional e comentarista de tv Ismar Brasil. Outras medidas podem ser perfeitamente encaixadas nas verbas que repassadas pelo COI para o desenvolvimento do golfe.

Numa longa conversa com Ismar Brasil, bi-campeão amador sul-americano, tri-campeão amador brasileiro, uns 40 abertos ganhos e golfista profissional sênior além da comentarista de golfe de um dos canais esportivos da Rede Globo, conseguimos estabelecer pontos para uma agenda realista, mínima, sem burocracia para dar a virada da competição no golfe brasileiro.

Em tempo: nem Ismar nem quem assina estas linhas ocupa qualquer cargo em clube, federação ou confederação. Significa que estamos com as mãos livres e sem compromissos de qualquer índole para aplicar a experiência e opinar para uma contribuição para o debate e principalmente para a ação focada em 2016. Muitos sabem e não podem ou não querem, ou simplesmente não desejam entrar em controversias.

Será possível duplicar o numero de profissionais brasileiros competitivos num ano. Hoje existem uns dez jogadores brasileiros que podem participar de torneios internacionais e lutar por uma boa classificação. O resto sem chances. Falta apoio para uma dedicação a longos treinos, participação em torneios, incentivo para participar de competições. Com apoio da YKP, Ronaldo Francisco, chegou longe, assim como Rafael Barcellos com outros apoios.

Existem outros talentos que em vez de passar o dia dando aulas até para jogadores medíocres feito quem assina este artigo poderiam treinar para a alta competição.

Deve ser aplicada uma nova formula para dividir os prêmios dos grandes torneios profissionais Obviamente que sempre deve haver um ou dois grandes nomes internacionais, como todo torneio de golfe. O premio para os dois primeiros lugares deve ser alto. Os patrocinadores devem ser convencidos que alguns jogadores de alto nível internacionais devem receber um cachê extra para jogar porque dão estatura ao torneio, e assim funciona no mundo profissional do golfe.

Vamos democratizar a tabela para que os primeiros 30 colocados tenham uma soma razoável quase igual para dividir. Tem muitos jogadores que sabem que não podem chegar ao topo porem se pudessem treinar para chegar entre os primeiros 30 com possibilidades de ganhar um dinheiro que compense aulas, todos treinariam mais. Quem não pode estar entre os primeiros 30, não pode ter apoio porque faltam recursos.

No golfe brasileiro faltam mestres. A legislação da classe de golfistas profissionais aplicada resulta que apenas profissionais com certificado de educação física podem ser instrutores. Nem Tiger, nem Phil Mickelson, nem Angel Cabrera poderiam legalmente ajudar profissionalmente no país porque não tem esse certificado de professor de educação física. Pedagogos, físicos, psicólogos, sem esse requisito não podem. Em tempo: o golfe é um jogo 90 % mental. Ou seja devemos abrir e não fechar as portas do conhecimento e respeitar os que pensam diferente sobre os destinos do golfe, estejam dentro ou fora de instituições oficiais do esporte. Estamos numa democracia, ou não?