Liberou geral: PGA Tour retira restrições de publicidade de cassinos e bebidas alcoólicas

icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin

O PGA Tour mudou sua política para patrocinadores e, a partir de agora, passa a aceitar que empresas que promovem jogos de azar, como cassinos, possam ser seus Parceiros Oficiais de Marketing (OMPs) em todos os seis circuitos profissionais sob seu comando: PGA Tour, Champions Tour, Web.com Tour e seus circuitos satélites, o PGA Tour Latinoamérica, PGA Tour China e Mackenzie Tour (Canadá). Segundo a entidade, isso reflete a mudança no cenário da aceitação pública de relações entre ligas esportivas e jogos legalizados.

Os profissionais foram informados oficialmente sobre a alteração da política de publicidade do circuito durante uma reunião nesta terça-feira à tarde, depois dos treinos do Honda Classic. Isso porque além do próprio PGA Tour e seus torneios oficiais, os jogadores também podem buscar acordos de patrocínio com essas entidades. Antes desta terça-feira, o PGA Tour proibia qualquer associação de seus entes com empresas de jogos de azar.

Restrição de território – Embora a novidade se aplique a grandes empresas de jogos legalizados, como cassinos, ela não vale, em território dos EUA, para empresas cuja finalidade principal seja a de apostas esportivas, casas de apostas como a William Hill ou a Bet365. No entanto, essas empresas de apostas esportivas ainda podem ser consideradas para possíveis patrocínios fora do território americano.

O que abriu caminho para essa mudança radical, que pode ser benéfica para todos os envolvidos no golfe profissional, foi que, em maio de 2018, a Suprema Corte dos EUA derrubou a proibição federal de apostas esportivas, decidindo que violava a 10ª Emenda da Constituição americana. Os estados que compõem os EUA têm agora autoridade para legalizar sobre o jogo esportivo dentro de suas fronteiras, caso desejem.

Evolução – “Como a situação sobre apostas esportivas legalizadas nos EUA evoluiu desde a decisão da Suprema Corte, em maio passado, vimos uma aceitação mais ampla das apostas esportivas e sua participação em jogos esportivos profissionais”, justificou Andy Levinson vice-presidente sênior da PGA Tour, em comunicado.

“As relações de patrocínio com cassinos e companhias de esportes de fantasia geralmente serão permitidas”, acrescentou David Miller, vice-presidente e consultor jurídico geral do PGA Tour. “Mas qualquer relacionamento deve promover o jogo responsável e ser consistente com os esforços de integridade do PGA Tour”, adverte.

Integridade – O PGA Tour ressalta que continuará seu Programa de Integridade, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2018, a fim de proteger suas competições de influências externas relacionadas ao jogo. A missão declarada do Programa de Integridade é “manter a integridade e prevenir e mitigar a corrupção relacionada a apostas nas competições do PGA Tour – assegurando que as competições sempre reflitam e pareçam refletir os melhores esforços dos jogadores, enquanto protegem o bem-estar dos jogadores e outros envolvidos com o circuito – por meio de políticas e regulamentações claras, educação e treinamento contínuos, além de funções de monitoramento e fiscalização eficazes e consistentes.”

O PGA Tour contratou a Genius Sports, líder global em serviços de integridade esportiva, para desenvolver um programa educacional personalizado que ajudará jogadores, caddies e funcionários a identificar, resistir e denunciar incidentes de corrupção em potencial em apostas. Jogadores e equipe de apoio, funcionários de torneios e voluntários, a equipe do PGA Tour e o Conselho de Políticas do PGA Tour devem aderir ao Programa de Integridade.

Bebidas – Além da revisão para empresas de jogos de azar, o PGA Tour também revisou suas regulamentações para as marcas de bebidas alcoólicas. Os jogadores agora podem usar os nomes ou logotipos das empresas de bebidas, e as emissoras podem exibir anúncios de bebidas destiladas e expô-las nos programas durante as transmissões dos eventos organizados pelo PGA Tour.

Fonte: O Portal Brasileiro do Golfe