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O golfe faz a sua estreia nos Jogos Panamericanos de Canadá. Brasil integrou uma equipe com possibilidades de obter medalha o que poderá atrair olhares de empresas patrocinadoras reiteradamente desapontadas pelo monopolizador e frustrante futebol.

Realmente difícil de entender a luz da lógica pura sem outras motivações a razão de tanto dinheiro público e privado para o futebol que periodicamente desaponta aficionados, comunicadores e patrocinadores com mediocridade nos gramados, violência nas arquibancadas e ações mais do que suspeitas nas suas instituições.

O golfe seria melhor destino para essas verbas. A escolha do melhor é sempre uma escolha difícil nem quando a maioria demonstra cansaço com as promessas não cumpridas.

Há reais possibilidades de medalha nos Panamericanos. Na equipe de golfe há competitividade e trajetória internacional do profissional Adilson da Silva e dos amadores André Tourinho, Luiza Altmann e Clara Teixeira.

Tourinho fez bem em retardar o seu ingresso ao profissionalismo reforçando a sua confiança, acumulando recordes e vitórias no terreno amador. Confiança é quase tudo no golfe. Os amadores brasileiros de alta competição nunca tiveram tantos recursos disponíveis, seja em tecnologia, ou em verbas via leis de Incentivo ao Esporte, Piva ou canalizadas pelo COB.

Por outra parte, potências de golfe no continente como Estados Unidos, Canadá e Argentina apresentam times que não são os mais fortes dentro das suas possibilidades, nivelando a disputa continental. Uma oportunidade excelente que teria positivos desdobramentos de ser concretizada com medalha para a equipe brasileira.

Precisamos de boas notícias no país do futebol que bem poderia ser o país do golfe. Uma medalha no golfe nos Jogos Panamericanos poderia ser atraente para empresas que nunca atuaram no golfe e buscam resultados. Bom jogo!

* Guillermo Piernes é palestrante, consultor e escritor. Autor de Liderança e Golfe - O Poder do Jogo na Vida Corporativa.   www.guillermopiernes.com.br - piernes@golfempresas.com.br