Milagres também têm limites


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Nos golfistas afastados da elite de alta competitividade acreditamos em milagres, por exemplo, o de querer jogar bem jogando apenas nos finais de semanas.

Devo informar que os milagres acontecem, menos para ganhar torneios nos campos de golfe. É fácil constatar a falta de milagres ao ouvir a todos os campeões fazer referencias aos seus treinadores, as longas horas no ginásio, no putting green.

A fórmula não milagrosa para ganhar torneios é simples: muito treino, pesada preparação física e mental, bastante perseverança, uma pitada de foco e determinação e se tiver, todo o talento possível.

Nas categorias com handicap dos torneios amadores, vencer é mais fácil. Dois ou três buracos bem jogados quando temos tacadas de vantagem pode resolver. Até eu ganhei um torneio no recente VI Festival do Golfe competindo com alguns jogadores que tem idade para serem os meus filhos ou netos. Foi foco, esforço e sorte. Não foi milagre que seria jogar num nível de excelência sem treinar.

No topo dos desafios de alta competitividade somente funciona a formula explicitada anteriormente. Esta nova geração de amadores de elite e profissionais brasileiros de alta competitividade acredita pouco ou nada em milagres. Eles sim acreditam no milagre do conhecimento, do estudo das melhores técnicas. Acreditam nos instrutores nos mestres que estudam, trabalham e deixam que os milagres sejam feitos por quem é de direito divino.

No Amador Brasileiro, a primeira coisa que fez o campeão Rafael Becker foi agradecer o seu professor de swing Steve Bergner e a equipe técnica da universidade que frequenta. O profissional Felipe Navarro, que venceu recentemente o CBG Pro Tour em Brasília, faz meses que tem treinos diários com o seu pai e grande jogador e técnico Rafael Navarro, acompanhado por profissionais de musculação, flexibilidade, psicólogo, fisioterapeuta e nutricionista, numa parceria obtida pela CBG com o COB.

Felipe é um dos jogadores com mais talento que conheço e olha que eu conheci esse jogador quando ele tinha seis anos. Mas talento é apenas uma parte mínima do sucesso, o resto é suor.

• Guillermo Piernes é escritor, palestrante e consultor. Autor de Liderança e Golfe.
www.guillermopiernes.com.br , www.golfempresas.com.br, piernes@golfempresas.com.br