Uma importante ponte foi construída com a realização do Primeiro Encontro Nacional de Caddies, no Terravista de Trancoso, organizado pelo Instituto Irene Gail. Um encontro idealizado por Michael Gail, o empresário que fez surgir junto às falecias do litoral baiano um dos mais belos campos do mundo, assim como impulsionou a construção do Club Med nesse local tão deslumbrante.
Precisamos aproximar mais pessoas aos campos existentes em bem do futuro do golfe, ao espírito do golfe que privilegia a ética e o respeito, nestes tempos reivindicatórios e de manipulação demagógica.
Os benefícios do golfe são inúmeros. Levo anos esmiuçando esses benefícios nas minhas palestras em empresas para treinar executivos para um melhor desempenho. Até rendeu um livro Liderança e Golfe, - O Poder do Jogo na Vida Corporativa- que teve quatro edições e está esgotado. Foco, concentração, perseverança, estratégia tem destaque entre esses benefícios.
Gestão profissional. Fora desse patamar, o golfe no Brasil como um todo, seguirá transitando pela trilha atual quando poderia andar numa estrada de alta velocidade. Estou me referindo à parte privada, fora das instituições oficiais.
O golfe no Brasil é estigmatizado. Basicamente por preconceito. A falta de educação e conhecimento é caldo de cultivo para o crescimento de preconceitos, fobias e outros desvios sociais e isso significa maior perigo em momentos políticos como o atual.
Vivemos um momento especial do golfe brasileiro com renúncia ou incentivo fiscal para grandes empresas e instituições em apoio dos grandes torneios, entendimentos e negociações políticas de impacto como os investimentos para os Jogos Olímpicos, circuitos internacionais nos campos brasileiros e também lutas pelo poder num esporte que ontem carecia de recursos básicos e hoje significa projeção.
Que bela lição! O profissional Pablo de la Rua venceu o Aberto do PL e dedicou a sua vitória a Marcos Silva, que foi desclassificado por assinar o cartão com um erro quando liderava por 13 tacadas. Na rodada final Pablo jogou com a camisa e o boné do amigo e o seu caddie com outra camiseta que homenageava ao profissional paranaense que deixou de subir ao pódio por não conferir o cartão.
Confesso minha profunda admiração pela maioria de golfistas profissionais que poucas vezes aparece nas principais manchetes ou em destaque na classificação dos grandes torneios. Eles estão longe de ganhar U$ 1,7 milhões num único torneio como fez Tiger Woods no recente The Players.
O ingresso da NEC no golfe latino-americano significa que o circuito regional profissional poderá atingir patamares nunca antes imaginados. A entrada da empresa formou assim a NEC Series PGA Tour Latinoamérica.
Semana histórica para o golfe brasileiro com a chegada do Web.com Tour, o circuito de ascensão ao PGA Tour, com grandes nomes da elite e promessas da atualidade. O Brazil Classic, apresentado pelo HSBC, no campo do tradicional São Paulo Golf Club, distribui U$ 675 mil em prêmios e abre possibilidades para um bom grupo de profissionais brasileiros.
Toneladas de papel e horas de televisão são desperdiçados com notícias de jogadores de futebol com ingressos fabulosos mostrando condutas que pouco contribuem para o desenvolvimento educativo de crianças e jovens que buscam se espelhar nesses ídolos esportivos.
Atesto e dou fé que estamos avançando positiva e concretamente com trabalho sério e responsável de elevar o golfe brasileiro para um patamar que a nação merece. O pior cego é aquele que não quer enxergar ou prefere que volte a escuridão para se sentir mais confortável. Pelo compromisso com a ética e o bem do esporte e por ser um dos mais antigos comunicadores do golfe brasileiro, busquei sempre proporcionar informação objetiva e perante ao momento crucial do esporte sinto o dever de contribuir com informações verazes para o debate.
A reclamação é quase sempre a mesma por onde que transitamos no Brasil: Falta de jogadores nos campos de alto custo de manutenção, carência de patrocínios e vendas lentas para empreendimentos imobiliários ou hoteleiros com golfe.
Acabou o Londres olímpico. Começou Rio 2016. Não temos mais tempo para perder. Sem desperdiço de ideias, palavras, ações. O golfe volta a ser olímpico no Rio de Janeiro. Gestão, seriedade, profissionalismo. O resto que conhecemos e que alguns praticaram durante anos e até lucraram com isso deve ficar para trás, exorcizado, erradicado, esquecido, sejam atos de cartolas, profissionais ou jornalistas.
Hoje quando o golfe brasileiro está plenamente internacionalizado, tanto em jogadores como torneios, seria apropriado iniciar o debate para reordenar clubes e federações seguindo a distribuição por estados e regiões buscando acompanhar a legislação nacional.
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais
Filie-se agora
Afiliados
(81) 3271-1422 RAMAL 7